
Apresentação do novo livro de Pedro Casteleiro, O teu corpo a oriente e a ocidente, amanhã 26 de janeiro […]
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![]() Na próxima quarta-feira, 8 de novembro terá início a II festa da Literatura de Chaves, tendo como entidade organizadora o Clube dos Amigos do Livro de Chaves, instituição que pertence ao Rotary Club de Chaves. Este evento tem como finalidade a divulgação da literatura na cidade e na região apostando quase em exclusivo em autores flavienses e transmontanos em número superior a duas dezenas. […] ![]() Começa uma rica semana em eventos culturais em volta da celebração das Letras Galegas 2017. Hoje e amanhã andaremos polo meu antigo bairro corunhês, a Cubela (entre a Gaiteira e a Estação de Autocarros). Colaboraremos com o nosso querido livreiro Suso da livraria Azeta e andaremos a falar de literatura e a recitar poesia acompanhados dalguns dos maiores vultos da literatura actual, também vizinhos muito prezados. […] ![]() Na apresentação de Sefer Sefarad, de Pedro Casteleiro, os poetas Alfredo Ferreiro, Táti Mancebo e Ramiro Torres leram textos próprios inspirados num poema do livro apresentado. O ponto de partida foram o verso “Nossa casa cheia de vozes enterradas nas paredes”, pertencente ao poema «A casa vazia». Ei os poemas recitados pelos amigos do autor: Traição a Pedro Casteleiro Nossa casa cheia de vozes enterradas nas paredes. Nossa casa de torrões, de minhocas e verdades perseguidas por toupeiras cegadas pola razão de seus dentes e suas garras. Nossa casa lua cheia de sonhos e serpentes. Nossa casa oráculo mudo de vozes que se prostram e se erguem sobre a terra que não dorme que nos vela e não se rende. Nossa casa cheia de nozes penduradas das paredes. Nossa casa de chocalhos, amores que nunca morrem, música que não perece. Alfredo Ferreiro. Arteijo, 7 novembro de 2015. * Nossa casa cheia de vozes enterradas nas paredes, plena de um vazio sem pausa quebrando os espelhos desde dentro, na distância infinita de toda razão que não se expanda como a luz no interior dos músculos abertos: eis-nos, entranhados e estrangeiros, cavando no invisível com as mãos em carne viva, avançando no eterno habitado como pura palpitação do real. Ramiro Torres. A Corunha, 5 de novembro de 2015. * Nossa casa cheia de vozes enterradas nas paredes Som de rocha, som de telha Som tamém no fundo de uma botelha Som de auga: pinga, pinga Som de palha: malha, malha Som de fume: lume, lume! Som de branco, som de azul O silêncio num baú As serpes do dessasossego som Requeixo abaixo ao lodeiro vou Som de sonho, som de sono Som de aqui, que aqui não tenho trono que soe o som Toc-toc Som eu Quem som Eu som O som. Táti Mancebo. Arteijo, 7 de novembro de 2015. * Nota: O evento decorreu na “Librería AZETA”, da Corunha, a 8 de novembro de 2015. Participaram, para além destes poetas e de Pedro Casteleiro, Estefania Blanco e Tito Calviño, voz e guitarra respetivamente. {Palavra comum} |
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