«Os prémios literários significam sempre o prémio do bem escrever e são sumamente ridículos pois se, como creio, o génio é incompatível com a habilidade, à Humanidade só os génios interessam, por muito que se esfreguem os talentos à porta da Humanidade. O que é, vamos lá, premiável, ou não, é o ser moral representado no homem, analfabeto que seja, amoroso de maior liberdade, maior realização, mais espaço para a morte. Note que não penso que a cabeça do poeta só depois de morta deva ser coroada, mas isso é outro assunto, ou o único assunto verdadeiro. E note que quando digo poeta não digo fazedor de poemas, digo poeta, figura bem mais vasta do que andam a dar a ler aos tipógrafos. […] Eu aceitaria um júri que fosse recrutado como os dos tribunais franceses ou americanos, colhido ao acasso entre a cidadania. Depois de cidadãos, os jurados seriam o que quisessem: camponeses, letrados, médicos, serventes, metalo-mecânicos, pescadores, tanto dá. Mas antes de cidadãos, coisa nenhuma com direito a direito de opinião e de crítica […]» Mário Cesariny, “Entrevista dada a Bruno da Ponte para o Jornal de letras e artes“, in As mãos na água a cabeça no mar.
Alfredo Ferreiro nasceu na Corunha em 1969. Estudou Filologia Hispânica e iniciou-se na Teoria da literatura. É membro da Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega e da Associaçom Galega da Língua.
Tem participado desde 90 em inúmeros recitais de poesia e colaborado em revistas galegas e portuguesas, entre elas Anto e Saudade, sob a direção de António José Queiroz. Na atualidade é membro do Grupo Surrealista Galego.
Como crítico tem colaborado em publicações periódicas impressas como A Nosa Terra, @narquista (revista dos ateneus libertários galegos), Protexta (suplemento literário de Tempos Novos), Dorna e Grial, para além de em diversos projetos digitais.
De 2008 a 2014 dirigiu, junto com Táti Mancebo, a plataforma de blogues Blogaliza. Desde 2006 é asíduo dos meios eletrónicos, em que se dedica à divulgação da literatura e do pensamento crítico. Atualmente colabora no jornais Praza Pública e Sermos Galiza.
A inícios de 2014 fundou, junto com Táti Mancebo e Ramiro Torres, a revista digital de artes e letras Palavra comum, dirigida ao âmbito lusófono.
Desde outubro de 2015 é coodenador do Certame Manuel Murguía de Narracións Breves de Arteixo.
3 thoughts on “Os premios literarios, por Mário Cesariny”
Comments are closed.
Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no nosso website. Ao navegar neste website está a concordar com a nossa política de cookies.ContinuarSaber mais
Privacidade & Política de Cookies
Privacy Overview
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. This category only includes cookies that ensures basic functionalities and security features of the website. These cookies do not store any personal information.
Any cookies that may not be particularly necessary for the website to function and is used specifically to collect user personal data via analytics, ads, other embedded contents are termed as non-necessary cookies. It is mandatory to procure user consent prior to running these cookies on your website.
Utilizamos cookies para assegurar que lhe fornecemos a melhor experiência na nossa página web. Se continuar a utilizar esta página pressupomos que está feliz por a utilizar.Ok
3 thoughts on “Os premios literarios, por Mário Cesariny”
Comments are closed.