A Casa recorda-se em tuas vértebras, de Ramiro Torres
A Casa recorda-se em tuas vértebras:
Move-te em direção a si, eterna a sua
Vide a abater os muros incendiados no
Adentro que evapora a distância à luz.
Vem desterrar-te ao início, alimentando
O coração desprendido de todo refúgio,
Anelante desta populosa floração do nada
Vertido no corpo: nascente da tua procura.
Ramiro Torres (Janeiro de 2009)
4 thoughts on “A Casa recorda-se em tuas vértebras, de Ramiro Torres”
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Muito obrigado aos três polos vossos comentários. E pola casa comum que, com diferentes nomes e perspectivas, nos alimenta.
A Casa, casca ou espaço em que o espírito dança e se reúne com o corpo, acarão da lareira do coração. Parabéns por este poema, Ramiro.
…e ficará, da Casa, no seu inextinguíbel perímetro, a senda deseñeda polo tigre maior, que as tardiñas do futuro sen nós tratarán de descifrar.
Grazas, Ramiro, por deixarnos ler o teu poema.
A acompanhar a Obra, tão silente, balbuciamos canções e, neste caso, signos certos sobre a areia. Quando a nossa fala já não existir, na areia de um coração, inextinguível, ficará o que está por trás das tuas palavras.