Jalikiah
«Na súa Historia General de España, Modesto Lafuente recollía en 1850 un mapa da organización política da Península Ibérica desde 756 a 1030. A maior parte do territorio está baixo o dominio do califato de Córdoba. No norte, o historiador divide o territorio cristián en, de leste a oeste, condado de Barcelona e reinos de Navarra, Castela e León. Non obstante, os dous últimos están reunidos por unha denominación común: Jalikiah, tomada de tratados de xeografía árabes medievais. Este é un dos puntos de partida que Anselmo López Carreira e Sabela López Pato, comisarios da exposición, propoñen ao visitante de Da Terra de Lemos ao Reino de Galicia.
A obra de Lafuente foi, pola súa ampla difusión, unha peza clave na conformación da identidade nacional española, conformada nos círculos liberais de mediados do dezanove. Ao traducir o nome do termo árabe Jalikiah, o historiador español esquece a patente evolución etimolóxica do termo e prefire a arbitraria denominación de Reino de León. Velaí o cerne dunha historiografía que, desde hai máis de douscentos anos e até a actualidade, insiste na idea de que o antigo Reino de Galiza foi unha entidade política efémera e supeditada ao poder dos reis leoneses e casteláns.
Realidade distorsionada
Afirma López Carreira, no catálogo da exposición, que a consecuencia destes cambios é que “Galicia desapareceu como protagonista da escena histórica e estabeleceuse para ela un marco normativo estraño, no que por forza a súa realidade se distorsiona e xa non atopa explicación satisfactoria”. Este paradigma provoca que manifestacións artísticas como os Cancioneiros, cuxo orixe está claro por empregar a lingua galega, “semellan brotar nun contexto inaudito: lingua de cultura supralocal que se expande desde un territorio supostamente subalterno”. […]» (A Nosa Terra Diario)
A partir deste artigo recoñezo o meu interese por ler:
Da Terra de Lemos ao Reino de Galicia, de Anselmo López Carreira e Sabela López Pato. Consellaría de Innovación, 2009. Catálogo da exposición.
O reino medieval de Galicia, de Anselmo López Carreira. Ed. A Nosa Terra, 2005.
4 thoughts on “Jalikiah”
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Casualmente passei por Ourense esta fim de semana como colaborador nas Jornadas de História da Esmorga e AGAL e passei ver a magnífica exposição, com a sorte imensa que estava o próprio Anselmo (que também participara nelas) a guiar um grupo de visita.
Merquei, evidentemente o catálogo, formoso, cuidado e cheio de informações muito interessantes especialmente as chaves que estabelecem como continuum entre a pre-história e a Modernidade o território (terras, paroquias e comarcas) e o atlantismo (cultural e comercial e portanto político).
Ainda que o prof. Anselmo López Carreira, não ouse dar o passo que ele anuncia, fechando as portas das suas conclusões ou discursos como se a poderosa Jalikiah virar fume com os Reis católicos.
Mas a chega é interessante. Devo dizer que gostei imenso de ver mais uma confirmadas as velhas teimas que me vão fazendo questionar em paralelo o modelo de língua com o cânone literário e a historiografia xurdida do núcleo universitário compostelão nos últimos 30 anos.
É precisa, sem dúvida, uma impugnação: desde o soberanismo, uma história de liberdades, mais crítica e coerente, centrada no território, na população e nos documentos.
Uma história sem tanta exigência de cronologias e discursos teóricos ajeitados a modelos franceses ou castelãos.
Uma historiografia sem contradições estranhas nem complexas explicações adequadas a este presente presente.
Uma análise liberadora, já não configurada a escala e imagem deste pensamento subalterno e os seus matizes raivosamente autonomistas e enganosamente popularistas.
Nisso tudo eu pensava na exposição e lembrava Pondal (evidentemente não me interessa o racismo epocal quanto a metáfora profética), entanto matinava no papel dos nossos historiadores e lingüistas contemporâneos:
“Os fastos”
os fillos escuros
do chan polvorento,
de rostro mourisco,
os fillos do vento
os sempre envejosos
dos gallegos feitos
borraran os fastos
dos fortes galegos.
Os feitos borraran
dos fillos egregios,
dos fillos dos celtas
de intrépidos peitos
de enveja movidos
borraran os fastos
mas no borrano os feitos
dos fortes galegos.
Barreran os límites
do pobo galego,
dos fillos do Luso
os lazos rompendo,
borraran os nomes
dos pátridos eidos…
Mas non borrano a fala
mas non borrano o genio,
mas non borrano o esprito
dos fortes galegos.
Casualmente passei por Ourense esta fim de semana como colaborador nas Jornadas de História da Esmorga e AGAL e passei ver a magnífica exposição, com a sorte imensa que estava o próprio Anselmo (que também participara nelas) a guiar um grupo de visita.
Merquei, evidentemente o catálogo, formoso, cuidado e cheio de informações muito interessantes especialmente as chaves que estabelecem como continuum entre a pre-história e a Modernidade o território (terras, paroquias e comarcas) e o atlantismo (cultural e comercial e portanto político).
Ainda que o prof. Anselmo López Carreira, não ouse dar o passo que ele anuncia, fechando as portas das suas conclusões ou discursos como se a poderosa Jalikiah virar fume com os Reis católicos.
Mas a chega é interessante. Devo dizer que gostei imenso de ver mais uma confirmadas as velhas teimas que me vão fazendo questionar em paralelo o modelo de língua com o cânone literário e a historiografia xurdida do núcleo universitário compostelão nos últimos 30 anos.
É precisa, sem dúvida, uma impugnação: desde o soberanismo, uma história de liberdades, mais crítica e coerente, centrada no território, na população e nos documentos.
Uma história sem tanta exigência de cronologias e discursos teóricos ajeitados a modelos franceses ou castelãos.
Uma historiografia sem contradições estranhas nem complexas explicações adequadas a este presente presente.
Uma análise liberadora, já não configurada a escala e imagem deste pensamento subalterno e os seus matizes raivosamente autonomistas e enganosamente popularistas.
Nisso tudo eu pensava na exposição e lembrava Pondal (evidentemente não me interessa o racismo epocal quanto a metáfora profética), entanto matinava no papel dos nossos historiadores e lingüistas contemporâneos:
“Os fastos”
os fillos escuros
do chan polvorento,
de rostro mourisco,
os fillos do vento
os sempre envejosos
dos gallegos feitos
borraran os fastos
dos fortes galegos.
Os feitos borraran
dos fillos egregios,
dos fillos dos celtas
de intrépidos peitos
de enveja movidos
borraran os fastos
mas no borrano os feitos
dos fortes galegos.
Barreran os límites
do pobo galego,
dos fillos do Luso
os lazos rompendo,
borraran os nomes
dos pátridos eidos…
Mas non borrano a fala
mas non borrano o genio,
mas non borrano o esprito
dos fortes galegos.
Casualmente passei por Ourense esta fim de semana como colaborador nas Jornadas de História da Esmorga e AGAL e passei ver a magnífica exposição, com a sorte imensa que estava o próprio Anselmo (que também participara nelas) a guiar um grupo de visita.
Merquei, evidentemente o catálogo, formoso, cuidado e cheio de informações muito interessantes especialmente as chaves que estabelecem como continuum entre a pre-história e a Modernidade o território (terras, paroquias e comarcas) e o atlantismo (cultural e comercial e portanto político).
Ainda que o prof. Anselmo López Carreira, não ouse dar o passo que ele anuncia, fechando as portas das suas conclusões ou discursos como se a poderosa Jalikiah virar fume com os Reis católicos.
Mas a chega é interessante. Devo dizer que gostei imenso de ver mais uma confirmadas as velhas teimas que me vão fazendo questionar em paralelo o modelo de língua com o cânone literário e a historiografia xurdida do núcleo universitário compostelão nos últimos 30 anos.
É precisa, sem dúvida, uma impugnação: desde o soberanismo, uma história de liberdades, mais crítica e coerente, centrada no território, na população e nos documentos.
Uma história sem tanta exigência de cronologias e discursos teóricos ajeitados a modelos franceses ou castelãos.
Uma historiografia sem contradições estranhas nem complexas explicações adequadas a este presente presente.
Uma análise liberadora, já não configurada a escala e imagem deste pensamento subalterno e os seus matizes raivosamente autonomistas e enganosamente popularistas.
Nisso tudo eu pensava na exposição e lembrava Pondal (evidentemente não me interessa o racismo epocal quanto a metáfora profética), entanto matinava no papel dos nossos historiadores e lingüistas contemporâneos:
“Os fastos”
os fillos escuros
do chan polvorento,
de rostro mourisco,
os fillos do vento
os sempre envejosos
dos gallegos feitos
borraran os fastos
dos fortes galegos.
Os feitos borraran
dos fillos egregios,
dos fillos dos celtas
de intrépidos peitos
de enveja movidos
borraran os fastos
mas no borrano os feitos
dos fortes galegos.
Barreran os límites
do pobo galego,
dos fillos do Luso
os lazos rompendo,
borraran os nomes
dos pátridos eidos…
Mas non borrano a fala
mas non borrano o genio,
mas non borrano o esprito
dos fortes galegos.
Casualmente passei por Ourense esta fim de semana como colaborador nas Jornadas de História da Esmorga e AGAL e passei ver a magnífica exposição, com a sorte imensa que estava o próprio Anselmo (que também participara nelas) a guiar um grupo de visita.
Merquei, evidentemente o catálogo, formoso, cuidado e cheio de informações muito interessantes especialmente as chaves que estabelecem como continuum entre a pre-história e a Modernidade o território (terras, paroquias e comarcas) e o atlantismo (cultural e comercial e portanto político).
Ainda que o prof. Anselmo López Carreira, não ouse dar o passo que ele anuncia, fechando as portas das suas conclusões ou discursos como se a poderosa Jalikiah virar fume com os Reis católicos.
Mas a chega é interessante. Devo dizer que gostei imenso de ver mais uma confirmadas as velhas teimas que me vão fazendo questionar em paralelo o modelo de língua com o cânone literário e a historiografia xurdida do núcleo universitário compostelão nos últimos 30 anos.
É precisa, sem dúvida, uma impugnação: desde o soberanismo, uma história de liberdades, mais crítica e coerente, centrada no território, na população e nos documentos.
Uma história sem tanta exigência de cronologias e discursos teóricos ajeitados a modelos franceses ou castelãos.
Uma historiografia sem contradições estranhas nem complexas explicações adequadas a este presente presente.
Uma análise liberadora, já não configurada a escala e imagem deste pensamento subalterno e os seus matizes raivosamente autonomistas e enganosamente popularistas.
Nisso tudo eu pensava na exposição e lembrava Pondal (evidentemente não me interessa o racismo epocal quanto a metáfora profética), entanto matinava no papel dos nossos historiadores e lingüistas contemporâneos:
“Os fastos”
os fillos escuros
do chan polvorento,
de rostro mourisco,
os fillos do vento
os sempre envejosos
dos gallegos feitos
borraran os fastos
dos fortes galegos.
Os feitos borraran
dos fillos egregios,
dos fillos dos celtas
de intrépidos peitos
de enveja movidos
borraran os fastos
mas no borrano os feitos
dos fortes galegos.
Barreran os límites
do pobo galego,
dos fillos do Luso
os lazos rompendo,
borraran os nomes
dos pátridos eidos…
Mas non borrano a fala
mas non borrano o genio,
mas non borrano o esprito
dos fortes galegos.