«Galego em liberdade»
O subtítulo desta campanha é «Contra a discriminaçom que sofrem as pessoas reintegracionistas», e resulta, ao meu modo de ver, pouco ambicioso e limitadamente libertário. Acho que o objetivo melhor havia de ser «Contra a discriminação gráfica que sofre a língua galega», para assim libertá-la de qualquer aroma de conflito, algo que pesa como um persistente lastro na dignidade da luita galeguista. Tenho para mim que só uma normativa compatível com a história e o mundo lusófono que nasceu a partir dela poda ser realmente útil, mas não por isso gosto da ideia de renunciar a galeguismos que não logram desvincular-se suficientemente da realidade espanhola que nos envolve.
Contudo, apoio a campanha porque a impassibilidade evidentemente não aproveita e a sua intenção é positiva: «A Associaçom Galega da Língua (AGAL) promove a campanha «Galego em liberdade» para combater a discriminaçom que sofrem as pessoas reintegracionistas. O detonante da campanha foi a denúncia pública do escritor Vítor Vaqueiro, desqualificado num certame literário por causa da sua escolha normativa, isto é, por considerar o galego algo inseparável do português.
Segundo o presidente da AGAL, Miguel R. Penas, «por desgraça, nom estamos diante de um único caso». Da veterana associaçom, com mais de trinta anos de trabalho, asseguram que se trata de «umha prática demasiado habitual» e reprovam que na Galiza do século XXI continue a haver certames que discrimine a participaçom de reintegracionistas só «por puros motivos ideológicos».
Porém, também se dá o caso contrário, assinala Penas, o de «vários prémios que se centram realmente na qualidade literária das propostas e nom na ortografia» […] {Ler mais e assinar no Portal Galego da Língua}